ATAQUE
A responsável pelos cães negou ter soltado o animal de propósito
Catarina não resistiu aos ferimentos causados pelo ataque e morreu no dia 9 de outubro (Foto: Arquivo cedido ao Mais Goiás)
Uma moradora do Setor Sul, em Goiânia, denuncia que a tutora de dois cães, sendo um deles da raça chow-chow, solta os animais para que circulem livremente pelas ruas do bairro sem acompanhamento. A situação, segundo vizinhos, ocorre há anos e recentemente resultou em uma tragédia. No último dia 9 de outubro, por volta das 15h30, a cachorrinha Catarina, que havia sido resgatada das ruas, morreu após ser atacada pelos cães na Travessa Bezerra de Menezes.
A psicóloga Júlia Perillo, tutora da cadelinha Catarina, contou ao Mais Goiás que passeava com a pet quando avistou os cães, um chow-chow e um vira-lata, soltos em uma praça. Ao tentar se afastar, foi surpreendida pelos animais, que correram em direção às duas. “A chow-chow pegou a Catarina pelas costas, chacoalhou muito e só soltou quando eu comecei a gritar e os policiais vieram me ajudar”, relatou.
Segundo Júlia, os próprios policiais a conduziram até o endereço da tutora dos cães. “Ela disse que os cachorros haviam fugido no momento em que abriu o portão, mas todos os vizinhos sabem que ela os solta de propósito. É algo recorrente”, afirmou.
Catarina foi levada imediatamente a uma clínica veterinária, onde recebeu atendimento de emergência. Apesar dos esforços da equipe, não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois do ataque. O tratamento custou quase R$ 3 mil, segundo Júlia.
A psicóloga registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Goiânia, no Setor Sul. No documento, também consta o relato de outra moradora que foi atacada em maio deste ano pelo mesmo chow-chow. “Os moradores vivem com medo. Esses cães já derrubaram uma mulher de moto, já atacaram gatos, e até agora nada aconteceu com a responsável”, lamentou Júlia.
Ainda de acordo com ela, há diversos cartazes fixados em postes da região alertando sobre os ataques e orientando sobre canais de denúncia. “Depois da morte da Catarina, a tutora não soltou mais os cachorros. Ela sabe que está errada. Eu só quero justiça, que ela seja responsabilizada”, completou.
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Fonte: Mais Goiás











