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Júri de acusado de matar sogro em farmácia de Goiânia é cancelado após pergunta da defesa

Júri de acusado de matar sogro em farmácia de Goiânia é cancelado após pergunta da defesa

JULGAMENTO

Promotoria considerou a situação abusiva e começou uma discussão que levou à suspensão dos trabalhos

Júri de acusado de matar sogro em farmácia de Goiânia é cancelado após pergunta da defesa (Foto: Reprodução – TV Anhanguera)

O júri de Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, acusado de matar o sogro em uma farmácia de Goiânia, em 2022, foi cancelado nesta quarta-feira (15) após uma pergunta da defesa à filha da vítima gerar um tumulto no tribunal. Os advogados insinuaram a Kênnia Yanka, ex-namorada do réu, que o pai não teria morrido se ela não existisse, o que provocou uma forte reação do Ministério Público (MPGO). A promotoria considerou a situação abusiva e começou uma discussão que levou à suspensão dos trabalhos e, posteriormente, o cancelamento da sessão.

À TV Anhanguera, o advogado da família e assistente de acusação, Emanuel Rodrigues, afirmou que a defesa do réu agiu como se o réu fosse a vítima. “Desde a primeira inquirição, me parece que a intenção era provocar uma inversão do julgamento, como se a família do senhor João quisesse a morte dele.” A sessão durou cerca de 2h15, após começar às 9h. A sessão foi encerrada em definitivo após uma jurada se sentir mal. Ainda não há data marcada para um novo júri.

“O que aconteceu lá dentro foi uma tortura. Esperamos por três anos. Uma espera dolorosa. Ficamos apreensivos para ter o julgamento e ver a Justiça ser feita. Chegar aqui, reviver tudo e, simplesmente, cancelarem a sessão… Até lá, vamos vivendo esse pesadelo que já se arrastou por três anos”, disse Yanka. Para ela, a defesa não teve empatia com uma pessoa que perdeu o pai. “Falar que se eu não existisse, meu pai estaria viva. Tiraram a culpa do Felipe e colocaram em mim.”

Em relação ao crime, no final da manhã de 27 de junho de 2022, Felipe Gabriel entrou em uma farmácia localizada na avenida T-4, no setor Bueno, e matou a tiros João do Rosário Leão, conforme a denúncia. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime, que ocorreu na frente da filha gestante. Depois, ele saltou sobre o balcão e atirou novamente, fugindo em seguida.

A vítima chegou a ser socorrida e levada em estado grave para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas não resistiu e faleceu algumas horas depois. Felipe está preso.

O Mais Goiás procurou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para uma atualização sobre o cancelamento e aguarda retorno.

Fonte: Mais Goiás

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