NOVA ESTRATÉGIA
Prefeito Sandro Mabel afirma que contrato de R$ 151 mil para compra de rojões que seriam usados no aterro sanitário será substituído
Lixão de Goiânia já chegou a ser iterditado (Foto: Semad)
Após a repercussão, a prefeitura de Goiânia anunciou uma mudança na estratégia para afastar urubus do lixão da capital. O prefeito Sandro Mabel informou nesta quarta-feira (22) que não serão mais utilizados foguetes e rojões, como previa um contrato de R$ 151 mil firmado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Para substituir, os agentes usarão tiros de ar comprimido e um novo sistema sonoro, que vai reproduzir o som de águias, que são predadores naturais dos urubus.
Segundo Mabel, a nova tecnologia foi inspirada em experiências bem-sucedidas em outras cidades, como Uberlândia (MG). “Nós estamos mudando o foguete por duas coisas: vamos colocar uma rede de ar comprimido, que faz o mesmo barulho, mas sem usar fogos, e também o som de uma águia, emitido por um sistema de sonorização”, explicou o prefeito.
A medida inicial da prefeitura gerou críticas e preocupação. O contrato previa a compra de 11.520 foguetes e rojões de efeito sonoro, do tipo “12 por 1 tiro”, por R$ 151.675,20. Os artefatos seriam usados para dispersar aves na área do lixão.
No entanto, o uso de fogos de artifício com efeito de tiro é proibido por uma lei estadual de 2022, que veta a queima e manuseio desses materiais em ambientes públicos e privados. Além disso, especialistas alertaram para o risco de incêndios, já que o lixão produz gás metano, substância altamente inflamável.
O delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA), destacou que o uso desse tipo de equipamento só é permitido em situações específicas e com licença ambiental, como acontece em aeroportos, para evitar colisões de aves com aviões.
Contrato da Comurg é renovado
Durante o anúncio, Sandro Mabel também confirmou a renovação do contrato da Comurg, que teve aumento de R$ 24 milhões e passa a valer R$ 595 milhões por ano. Uma das principais mudanças é a retomada da gestão do lixão, que antes estava sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
“Nós acrescentamos uma série de serviços que a Comurg já fazia e não cobrava. Por exemplo, o lixão, que agora será administrado pela própria companhia”, afirmou Mabel.
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Fonte: Mais Goiás











