EDUCAÇÃO
Candidatos relatam início antecipado da prova, celulares tocando e alternativas repetidas, além de falta de organização dos aplicadores
Vestibular da UFG tem erros e desigualdade em questões, afirmam candidatos (Foto: Divulgação/UFG)
Além de relatar falhas na fiscalização durante a aplicação das provas, como mostrou o Mais Goiás, o vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG) também teve problemas relacionados à estrutura do exame. Candidatos afirmam que houve erros nas questões e no edital do concurso, além de escancarar a desigualdade no conteúdo cobrado, o que gerou confusão e insatisfação entre os participantes.
A candidata Ana Clara Camargo conta que presenciou pessoas iniciando a prova antes do horário permitido. “Teve gente indo ao banheiro sem fiscal, pessoas toda hora olhando uns para os outros e até questões com alternativas repetidas”, relatou. A denúncia é reforçada por Lays, que afirmou que “o nível cobrado nesses meios de avaliação não é o mesmo oferecido aos alunos de rede pública”.
Outra vestibulanda, que realizou a prova em Aparecida de Goiânia, contou que houve dúvidas não esclarecidas sobre questões repetidas. “Tive dúvida sobre as questões repetidas e perguntei à fiscal. Ela disse que não sabia, que ia ver com o diretor e assim fez. Saiu, voltou e não deu resposta nenhuma. A entrada foi uma bagunça, não havia fiscais suficientes para atender os andares, colocaram errado os nomes nos papéis e foram corrigindo depois”, disse.
O problema com as questões também foi relatado por Marília Carolynna, que identificou “alternativas duplicadas e enunciados ambíguos ”. Na opinião da estudante, “uma instituição de tanto renome deveria ter sido mais bem preparada pra aplicação da prova”.
“Havia questões com vícios e dados incorretos, prejudicando quem estudou de forma séria. Uma pessoa que não tem uma base muito sólida simplesmente não conseguiria compreender certos enunciados, tamanha a confusão e a falta de clareza. Os editais foram uma vergonha à parte, cheios de inconsistências e falta de organização. Uma total falta de respeito com os candidatos e com o esforço de quem realmente se dedicou. Não faz o menor sentido a UFG retomar o vestibular nessas condições, sem estrutura, sem preparo e sem garantir a igualdade entre os participantes”, pontuou outra candidata, que também preferiu não se identificar.
O Mais Goiás questionou a Universidade Federal de Goiás (UFG) se há apuração ou providência em andamento, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestação.
Fonte: Mais Goiás











