INVESTIGAÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde de Águas Lindas de Goiás afastou a equipe médica responsável…
Município afasta equipe que atendeu criança que morreu de apendicite em Águas Lindas (Foto: Reprodução)
A Secretaria Municipal de Saúde de Águas Lindas de Goiás afastou a equipe médica responsável pelos atendimentos de Theo Pietro Medeiros, de 10 anos. O garoto morreu na última semana em decorrência de apendicite e a família afirma se tratar de um caso de erro no diagnóstico. Segundo eles, o menor foi levado, pelo menos, três vezes a unidades de saúde do município com dores e outros sintomas, sem que a inflamação no apêndice fosse diagnosticada.
A pasta, por sua vez, diz em nota que apura os fatos relacionados ao atendimento à criança. “Ressaltamos que, de forma imediata, os profissionais envolvidos diretamente no caso de possível negligência foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações”, afirmou em nota enviada ao Mais Goiás.
À época do ocorrido, a secretaria já tinha informado que “determinou a imediata instauração de sindicância administrativa para apurar, com rigor, todas as circunstâncias do atendimento e identificar eventuais falhas ou responsabilidades” e que “não compactua com qualquer ato de negligência, imprudência ou imperícia”.
Confira a nota desta quinta-feira da Secretaria de Saúde:
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que está sendo realizada a apuração dos fatos relacionados ao atendimento do menino Theo Pietro, de 10 anos, seguindo o Protocolo de Londres, que orienta a análise de eventos adversos com rigor técnico e transparência.
Ressaltamos que, de forma imediata, os profissionais envolvidos diretamente no caso de possível negligência foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações.
Reiteramos nosso compromisso com a ética, a responsabilidade e a segurança no atendimento à população, assegurando que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para o completo esclarecimento do caso.”
Caso
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou o caso de apendicite por meio de laudo, conforme informado pela TV Anhanguera, à época. A família revela que procurou, em 20 de outubro, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Águas Lindas, mas foi orientada a buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS). No local, Théo foi medicado e liberado.
Como as dores continuaram, a família esteve novamente na UPA, no dia 22. O menor realizou, a pedido de uma médica, raio X e exame de sangue. Os resultados foram acúmulo de fezes e a orientação aos familiares – agora por um médico plantonista – foi caminhar com a criança. Ele também receitou dipirona, ibuprofeno e antibiótico em casa. A criança, contudo, vomitou e, em 23 de outubro, retornou à Unidade de Pronto Atendimento, após perder a consciência.
Uma terceira médica atendeu Théo, que teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Advogada da família, Ana Laura Medeiros afirmou ao veículo de comunicação que não é mais possível salvar o garoto, mas que o clamor é por uma maior atenção. “Por outras vidas que possam ser salvas por um exame básico, uma atenção melhor do médico. Se a criança está se queixando, averiguar melhor. Um clamor que o Théo está deixando e esperamos mudança.”
Fonte: Mais Goiás











