O desaparecimento da assistente social Késia Silva, de 32 anos, completou cinco dias nesta quarta-feira (12). Ela foi vista pela última vez na sexta-feira (7), após sair de casa, no Residencial Recanto do Bosque, em Goiânia, para ir a um supermercado próximo. Pouco antes de desaparecer, ela enviou uma mensagem à mãe, Luzenira Ribeiro, e pediu uma transferência de R$ 150 no PIX.
“Ela pediu R$ 150, mas eu não passei, porque ela sempre me pede. Então, como mãe, a gente pensa: ‘Para quê essa menina quer isso?’ Mas dessa vez ela não me disse para que era”, contou Luzenira.
Segundo a professora, a filha havia passado cerca de dez dias sem mandar mensagens, mas retomou o contato um dia antes de sumir. “Na quinta-feira, ela só falou: ‘Mãe, como é que a senhora está?’ Falei dos meninos que eu dou aula. Foi só isso mesmo”, relembrou.
Abalada, Luzenira viajou de ônibus do Pará até Goiânia para procurar por Késia. “Fico pensando: ‘Meu Deus, eu devia ter perguntado onde ela estava, o que estava fazendo’. Mas eu não me preocupei com isso”, desabafou.
Ela contou ainda que era comum a filha pedir pequenas quantias em dinheiro. “Ela sempre pedia esses valores: 100, 150, 200, 300 reais. Dessa vez, ela não falou com o pai, falou comigo, perguntando se ele tinha. Só que, quando fomos responder, ela já não estava mais online”, disse.
Desde então, as mensagens enviadas à assistente social não foram mais visualizadas. “O celular dela não dava mais sinal. Depois disso, ficamos sabendo que ela tinha desaparecido”, lamentou a mãe.
Saiu para ir ao supermercado e não voltou
Késia saiu de casa por volta das 13h da sexta-feira, no Residencial Recanto do Bosque, informando que iria a um supermercado próximo. Câmeras de segurança a flagraram caminhando por volta das 14h. Nas imagens, é possível ver que a assistente social vestia um vestido amarelo de crochê e sapatilhas na cor creme quando desapareceu.
No mesmo dia, por volta das 16h57, ela entrou em contato por telefone com a irmã de criação, Aline Anselmo de Souza, afirmando estar em um bar próximo de casa e que já retornaria. Késia esteve em um estabelecimento comercial onde, segundo informou a proprietária do local, consumiu dois discos de carne e três cervejas. Por volta das 21h20, ela entrou em um veículo e não foi mais vista.
Marido diz que Késia não tinha motivos para fugir
De acordo com a irmã e o marido, Marcos Benigno de Sousa, Késia não apresentava problemas de saúde mental, não usava drogas e bebia apenas socialmente. Ela não trabalhava formalmente e dedicava-se integralmente aos cuidados da irmã, Aline, que tem problemas de saúde, e da sobrinha de seis anos.
Marcos só soube do ocorrido ao voltar para casa às 23h. Ele registrou o desaparecimento no domingo (9). “Não havia motivos para Késia fugir de casa”, afirmou no boletim de ocorrência. A família buscou informações em hospitais e no IML antes do registro formal.
O caso está sob investigação do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) da Polícia Civil. Qualquer informação sobre o paradeiro de Késia pode ser repassada pelo número 197.
Fonte: Mais Goiás











