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Flávio Bolsonaro admite não levar candidatura até o fim

Dois dias após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciar que seria candidato à Presidência, ele admitiu neste domingo (7) que pode desistir, mas disse que, para isso, haverá um “preço”. “Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho preço para isso. Eu vou negociar. Eu tenho um preço para não ir até o fim”, disse o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após participar de um culto evangélico em Brasília.

Questionado por jornalistas sobre o que poderia fazê-lo desistir da candidatura e se esse “preço” seria a aprovação da anistia a condenados por atos golpistas, o que inclui o pai, Flávio foi evasivo. Disse que a anistia é um assunto que está “quente”, mas que só falará a respeito nesta segunda-feira (8).

Na ocasião, Flávio disse que vai se reunir com lideranças políticas incluindo nomes do centrão, entre eles Valdemar Costa Neto (PL), Marcos Pereira (Republicanos) e Antonio Rueda (União Brasil), com quem pretende debater a anistia.

Em publicação nas redes sociais neste sábado (6), o senador afirmou que as negociações começaram e pediu que lideranças políticas anti-Lula aprovem a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado, como um primeiro gesto para as tratativas com os partidos.

“Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita!”, publicou o senador nas redes sociais.

A anistia total não está nos planos do relator do projeto de lei da redução de penas para os condenados pela tentativa de golpe de Estado, também conhecido como projeto da Dosimetria, deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

Como mostrou a coluna Painel, Paulinho deu um recado a parlamentares do PL que, segundo ele, hoje dificultam a votação do texto porque insistem na tentativa de anistia total: “votar e aprovar a versão atual de seu relatório ou ficar sem nada”.

Projeto de nação

Flávio anunciou nesta sexta (5) ter sido escolhido pelo pai como seu candidato para disputar a Presidência da República nas eleições do ano que vem, com a “missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”.

A decisão teria sido consolidada após de Flávio visitar o ex-presidente na terça (2) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Os dois conversaram por cerca de meia hora na ocasião.

O parlamentar disse que sua eventual candidatura já vinha sendo discutida com o ex-presidente, antes mesmo da prisão imposta ao pai pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Após a decisão, o senador afirmou que a primeira pessoa que procurou foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi receptivo com notícia.

“Foi muito boa a reação. Um cara que se mostrou de peito aberto, mais uma conversa muito franca e sincera, como eu tive todas as vezes com ele. O Tarcísio é o principal cara do nosso time hoje. Eu tenho a convicção de que a gente vai ganhar a eleição começando por São Paulo”, disse.

Dirigentes e líderes de partidos do centrão mantêm a preferência pelo Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato do campo da direita.

Avaliação de políticos ligados ao bloco político consultado pela reportagem é a de que eventual candidatura de Tarcísio poderia unir PL, PP, Republicanos, União Brasil e PSD na disputa contra a reeleição de Lula (PT), enquanto Flávio não deve conseguir costura semelhante.

Para eles, o governador de São Paulo teria mais chance de ganhar a corrida ao Palácio do Planalto também por ter menor rejeição junto ao eleitorado.

*Via Folha de São Paulo

Fonte: Mais Goiás

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