Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24) na Indonésia, após quatro dias desaparecida. A jovem realizava uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok, quando escorregou e caiu em uma encosta íngreme durante a madrugada do dia 20 de junho. Juliana estava em uma viagem solo pela Ásia desde fevereiro e compartilhava sua jornada nas redes sociais com entusiasmo e reflexões sobre liberdade e autoconhecimento.
A queda ocorreu por volta das 5h da manhã (horário local), e desde então equipes de resgate enfrentaram condições extremamente difíceis: neblina intensa, terreno instável e impossibilidade de uso de helicópteros. A operação de busca envolveu cerca de 48 pessoas e utilizou drones e cordas para alcançar a região onde a jovem havia caído — cerca de 650 metros abaixo da trilha principal.
O corpo foi localizado por volta das 11h do dia 24 de junho. Segundo informações preliminares, Juliana resistiu por horas antes de falecer, mas a falta de água, alimentos e abrigo, além das lesões e das condições climáticas, contribuíram para o desfecho trágico. A confirmação oficial veio por meio de um comunicado da família, que agradeceu os esforços das autoridades locais e do Itamaraty.
Juliana era formada em Publicidade pela UFRJ e apaixonada por esportes, viagens e desafios. Praticava pole dance e mantinha um perfil no Instagram onde compartilhava frases inspiradoras, fotos em trilhas e experiências culturais dos países por onde passou. Em uma de suas últimas postagens, escreveu: “Nunca me senti tão viva”.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e bastante popular entre trilheiros, mas sua trilha é considerada desafiadora, especialmente em áreas com penhascos e vegetação densa. Após o ocorrido, autoridades indonésias devem revisar os protocolos de segurança da região.
Esse triste episódio levanta reflexões sobre os riscos de viagens de aventura, mesmo quando realizadas com guias locais. A história de Juliana servirá como alerta para que medidas preventivas mais rígidas sejam adotadas, mas também como inspiração pela sua coragem, liberdade e paixão por explorar o mundo.
Que Juliana descanse em paz, e que sua trajetória siga viva na memória de todos que a conheceram, mesmo que só pelas redes sociais.