Caldas Novas: homem que tentou matar amiga da companheira alega ‘legítima defesa’

CIÚMES

O homem também agrediu a própria companheira

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O homem suspeito de atacar uma amiga da mulher com um pedaço de madeira por ciúmes foi identificado pela Polícia Civil como Edson Elias de Sousa, de 23 anos, conhecido como “Bob”. Ele foi preso na quinta-feira (20), em Caldas Novas. Edson teria interpretado que a amiga demonstrava interesse amoroso por sua parceira, o que gerou uma discussão e, em seguida, a violência. Em depoimento, o homem confessou ter agredido a vítima com socos, mas afirmou que agiu em legítima defesa.

Segundo as investigações, o crime aconteceu em 9 de novembro, quando Edson, sua companheira e uma amiga dela estavam ingerindo bebidas alcoólicas e usando drogas. De acordo com o delegado Alex Miller, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), “ele acreditou que a amiga da companheira tivesse interesse afetivo nela; esse ciúme acabou detonando toda a violência”.

Durante o ataque, Edson teria pegado um pedaço de madeira e desferido vários golpes na cabeça da vítima, que sofreu traumatismo craniano e outras lesões graves. A mulher, segundo a Polícia Civil, é dependente química e vive em situação de rua. Ela foi socorrida pelo Samu e transferida para um hospital em Goiânia, onde permanece internada, entubada e em estado grave.

A própria companheira de Edson também foi agredida ao tentar impedir que ele continuasse com as agressões.

Negou uso de madeira

A prisão de Edson foi autorizada pelo Poder Judiciário após representação da autoridade policial e parecer favorável do Ministério Público, com base nas provas reunidas.

Em depoimento, o suspeito admitiu ter agredido a mulher, mas negou o uso do pedaço de madeira. Ele afirmou que desferiu “apenas socos” e alegou ter agido em legítima defesa. A versão, no entanto, foi contestada pela Polícia Civil, que aponta o estado da vítima e os depoimentos colhidos como evidências da brutalidade do ataque.

A divulgação da identidade e da imagem do investigado é respaldada pela Lei nº 13.869/2019 e pela Portaria nº 547/2021/DGPC, devido ao interesse público em obter informações que possam identificar outros elementos e possíveis crimes relacionados ao suspeito.