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Café, carne, cacau e outros itens voltam às taxas normais após suspensão da tarifa
(Foto: Ricardo Stuckert)
Os EUA, que anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% e a liberação de mais de 200 produtos brasileiros, decidiram ampliar a lista de exceções do tarifaço imposto anteriormente ao Brasil. A medida, publicada pela Casa Branca, beneficia itens como carne bovina, café, açaí, cacau, além de diversas frutas e especiarias que agora voltam às taxas praticadas antes das sobretaxas impostas pelo governo Trump.
A nova regra vale para mercadorias brasileiras que chegaram ao território americano a partir de 13 de novembro — data que coincide com a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, quando o tema foi discutido oficialmente.
Na semana anterior, os Estados Unidos já haviam reduzido tarifas de cerca de 200 produtos alimentícios para vários países, o que fez a alíquota brasileira cair de 50% para 40%. Agora, com a decisão desta quinta, itens como café, carne e frutas têm a sobretaxa zerada.
Entre os produtos beneficiados estão:
– café;
– carne bovina;
– açaí;
– cacau;
– banana;
– tomate;
– coco;
– castanha de caju;
– mate;
– especiarias como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.
Diferentemente da medida global da semana passada, a decisão atual é exclusiva para o Brasil. No texto divulgado, o presidente Donald Trump menciona sua conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro de 2025, afirmando que o avanço nas negociações motivou a retirada das tarifas extras.
Segundo o documento, recomendações de assessores e o “progresso inicial” no diálogo com o governo brasileiro justificam a suspensão das alíquotas adicionais para parte das importações agrícolas do país.
Além dos itens já citados, a lista também inclui:
– frutas e vegetais;
– castanhas e sementes;
– chá, mate e especiarias;
– sucos e derivados;
– produtos processados;
– fertilizantes;
– produtos de cacau.
O setor cafeeiro comemorou a decisão. À CNN Brasil, Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, classificou a medida como um “presente de Natal antecipado” e destacou que o próximo desafio será recuperar os espaços perdidos no mercado americano durante o período de tarifas elevadas.
Fonte: Mais Goiás











