Falsa tenente da PM deve responder por furto, estelionato, falsidade ideológica e outros crimes em Minas Gerais
Uma ex-caixa de supermercado foi presa em Belo Horizonte (MG), na semana passada, sob a acusação de fingir que era tenente da Polícia Militar mineira para praticar estelionato, falsidade ideológica, usurpação de função pública e furto. Luiza Cristina de Assis Oliveira, de 23 anos, criou um enredo de ficção que envolvia até divulgar no Instagram, Threads e Linkedin fotos aleatórias de crianças, encontradas na internet, como se fossem filhas dela.
Luiza afirmava também que era filha de um coronel da PM e irmã de um rapaz que, segundo ela, era promotor de Justiça. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita se passava por advogada e usava o número da OAB-MG de outro advogado registrado. A OAB informou que não há registro de advogada com esse nome na seccional mineira.
A investigação descobriu que Luiza usou a falsa identidade para adquirir credibilidade e atrair vítimas. Uma dessas vítimas foi um empresário dono de uma lanchonete, com quem ela negociava uma sociedade. Na casa de da falsa tenente da polícia, foram encontrados documentos falsos, crachás da PM, cartões bancários em diversos nomes e uma réplica de arma de fogo.
Furto
Um comerciante relatou à polícia que foi vítima de furto praticado pela mulher. Ele disse que ainda contabiliza o prejuízo levado após a ação de Luiza, mas estima valores entre R$ 8 mil e R$ 10 mil. Ela aproveitava os momentos que ele não estava na loja para furtar o dinheiro do caixa. Ela se justificava dizendo que depositaria valores na conta do proprietário, mas o dinheiro nunca chegou na conta desse comerciante.
“Ela pegava o dinheiro e falava que faria uma compra. Ninguém desconfiava, ela passava no caixa, depositava o dinheiro na conta dela e mandava áudio para mim, falando: ‘Marcos, estou mandando um dinheiro para você’. Se não fosse a investigação, eu nunca descobriria”, disse.