Após cirurgia de separação realizada em Goiânia, Eliza e Yasmin seguem internadas em estado grave, mas apresentam evolução no quadro clínico.
As gêmeas siamesas Eliza e Yasmin, nascidas em Manaus e unidas pelo tórax e abdômen, podem ser extubadas nos próximos dias. As duas passaram por uma delicada cirurgia de separação no último dia 13 de maio, realizada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, e permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.
De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, as irmãs seguem em estado grave, mas com sinais de melhora. Elas apresentam estabilidade hemodinâmica, estão com redução progressiva no uso de drogas vasoativas e passam por desmame da sedação e da ventilação mecânica. O processo de extubação poderá ser iniciado nos próximos dias, conforme a evolução clínica de cada uma.
As gêmeas também demonstram boa resposta fisiológica, com diurese espontânea e alimentação sendo administrada por meio de sonda.
Eliza e Yasmin nasceram há cerca de dois meses na capital amazonense, mas foram transferidas para Goiânia para a realização da cirurgia. Inicialmente, o procedimento estava previsto para ocorrer após os três meses de vida das bebês, quando teriam maior peso e imunidade. No entanto, os médicos optaram por antecipar a intervenção após identificarem que a dificuldade respiratória de uma das meninas estava comprometendo o funcionamento do coração da outra.
A cirurgia, que teve duração aproximada de cinco horas, contou com a coordenação do cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Durante o procedimento, foi realizada a separação do fígado e a reconstrução das estruturas abdominais de ambas as crianças.
A equipe médica segue monitorando de perto o estado de saúde das gêmeas, que ainda inspiram cuidados, mas têm apresentado evolução positiva desde a separação.