CRIME DE 2023
Conforme a defesa, a arma estava sem o carregador e o acusado pensou que já não havia nenhuma bala na pistola
Júri popular de homem filmado quando matou a namorada em Jataí acontece na quinta-feira (4) (Foto: Reprodução – Redes Sociais)
Diego Fonseca Borges, acusado de matar a namorada Ielly Gabriele Alves, de 23 anos, em 4 de novembro de 2023, vai a júri popular no Fórum Municipal de Jataí, às 9h da próxima quinta-feira (4). A vítima gravou o momento em que o homem tirou a vida dela com um disparo de arma de fogo. Na denúncia, o Ministério Público de Goiás (MPGO) incluiu como qualificadoras do homicídio: motivo torpe, crime cometido mediante emboscada ou com recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição do sexo feminino.
Em nota, à época, a defesa de Diego informou que ele não tinha a intenção de atirar contra Ielly ou tirar a vida dela. Conforme o texto, a arma estava sem o carregador e o acusado pensou que já não havia nenhuma bala na pistola. “O que era para ser uma brincadeira, acabou como uma grande tragédia.”
Relembre o caso
O delegado Thiago Saad, responsável pelo caso, disse que o casal teria passado a tarde ingerindo bebidas alcoólicas. Durante a noite, a vítima gravou um vídeo dentro de um carro em que mostra Diego segurando a arma. No vídeo, o réu aponta a arma para Ielly, atira e a vítima cai. Em seguida, o acusado leva a namorada para o Hospital das Clínicas.
A unidade de saúde relatou que a vítima sofreu uma perfuração na região do tórax e não resistiu aos ferimentos. Logo após, o hospital acionou a Polícia Militar. Quando a equipe foi conversar com Diego, ele mentiu e disse que estava dirigindo o carro em que Ielly estava quando dois homens se aproximaram em uma moto de cor escura e atiraram.
Diego foi levado para dar explicações na delegacia após os militares perceberem contradições no relato dele. Foi na delegacia que os policiais encontraram o vídeo no celular de Ielly que mostrava o que tinha acontecido no momento do crime. Logo após, Diego foi preso.
Além disso, uma pistola calibre 380 foi encontrada próximo ao local onde o carro do réu estava estacionado. Em depoimento, Diego disse que não sabia que a arma estava carregada no momento em que apertou o gatilho e que não tinha a intenção de tirar a vida de Ielly.
Histórico
O caso também revelou um possível histórico de agressões. Uma amiga da vítima relatou conversas pelo WhatsApp nas quais Ielly era aconselhada a procurar uma medida protetiva, devido às ameaças e agressões que vinha sofrendo. Segundo essa pessoa, o relacionamento era marcado por episódios de violência.
Segundo a amiga da vítima, cerca de um mês antes do crime, Diego teria se alterado ao tentar se aproximar da jovem em uma festa, durante um período em que o casal estava separado.
Fonte: Mais Goiás










