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O que disse à polícia a dona dos cães que mataram gatos e atacaram pessoas no setor Sul

CAPITAL

Mulher diz ter problemas de saúde que a impedem de cuidar dos cães da forma como deveria, e prometeu doá-los

O que disse à polícia a dona dos cães que podem ter matado mais de 40 gatos no setor Sul (Foto cedida ao Mais Goiás)

A dona do chow-chow e da vira-lata que circulam sem monitoramento no setor Sul e que atacaram pessoas e cães menores, matando também mais de 40 gatos desde 2024, prestou depoimento da 1ª Delegacia de Polícia de Goiânia na terça-feira (21).

Moram na casa uma moça de mais ou menos 25 anos e a mãe dela, de cerca de 70. Quem se apresentou como tutora foi a idosa. Ela disse que deixa os cães soltos porque tem problemas de saúde que a impedem de vigiar os animais na maior parte do tempo e porque defeitos no portão da casa persistem – embora os vizinhos tenham feito uma vaquinha em junho desse ano para ajudá-la a resolver a questão, arrecadando e doando R$ 275.

O filho dessa idosa disse ao delegado Fernando Martins, da 1ª Depol, que está buscando um novo tutor para os dois cães, de preferência um que more em chácara com amplo espaço para os cachorros circularem.  

O delegado afirmou ao Mais Goiás que a mulher deve responder por omissão de cautela na guarda ou condução de animais, conduta prevista no artigo 31 da lei de contravenções penais, e por lesão corporal culposa, tipificada pelo artigo 129 do Código Penal. No caso da omissão, a pena é de prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa. No caso da lesão corporal, a pena é de detenção de até seis meses.

Fernando Martins encaminhou para o exame de corpo de delito duas pessoas que foram feridas por esses cães. Uma delas é a dona da cadela Catarina, num episódio que resultou na morte da pet no dia 9 de novembro, e a outra é uma moça que foi atacada enquanto estava de moto.

“Estamos esperando o laudo da moça da moto ficar pronto, para saber se a dona dos cães terá que responder por lesão corporal grave ou não. No que diz respeito ao caso da cadela Catarina e da tutora dela, os termos circunstanciados de ocorrência já estão prontos e devem seguir para o juizado cível ainda nessa semana”, complementou.

Catarina

A discussão em torno da negligência das responsáveis pelo chow-chow e da vira-lata mobilizam os moradores do setor Sul desde 2024. Os primeiros relatos de gatos assassinados na vizinhança surgiram no ano passado e, a princípio, as donas dos animais ficaram caladas, mas depois acabaram se manifestando quando se descobriu de quem eram aqueles cães.

Julia Perillo e Catarina (Foto cedida ao Mais Goiás)

A filha da idosa, uma moça de 25 anos que também mora no imóvel, disse aos vizinhos que não conseguia manter os animais presos por causa de um defeito no portão. Eles então fizeram uma vaquinha e arrecadaram R$ 275 para ela custear o conserto, mas o problema continuou.

A mulher também recebeu dinheiro da vizinhança para levar a vira-lata para castração. Ela informou que havia ganhado o procedimento, mas que a clínica ficava longe e que precisaria de um valor aproximado de R$ 150 para custear o transporte por aplicativo. Os moradores fizeram uma nova vaquinha e levantaram a quantia.

A despeito de todos esses esforços, os cães voltaram a fazer vítimas. Houve um caso no começo do ano e o mais recente aconteceu na semana passada: Catarina, a pet de estimação da psicóloga Júlia Perillo, morreu dois dias depois de ser atacada.

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Fonte: Mais Goiás

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