Lei Rouanet
Leonardo e Eduardo Costa aparecem na lista
Imagem: Divulgação
Durante debate no Senado, dados apresentados colocaram novamente em evidência a Lei Rouanet e o uso de recursos públicos por artistas. Ao rebater acusações de que músicos alinhados ao governo estariam usando incentivos culturais para atos políticos, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) apresentou um levantamento que mostra que, de Gusttavo Lima a Zezé Di Camargo, os sertanejos lideram o ranking dos maiores beneficiados, considerando valores obtidos por meio de incentivos culturais e contratações públicas.
A fala de Randolfe foi uma resposta direta ao senador Magno Malta (PL-BA), que classificou como incoerente a mobilização de artistas contra a anistia. O petista afirmou que a acusação é fake news e citou números públicos para sustentar que os maiores volumes de recursos envolveram sertanejos, muitos deles declaradamente apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ranking dos beneficiados leva em conta valores acumulados provenientes de emendas parlamentares e contratações feitas por estados e municípios, além de projetos enquadrados na Lei Rouanet. No topo da lista aparece Gusttavo Lima, com cerca de R$ 52 milhões, seguido pela dupla Bruno e Marrone, com aproximadamente R$ 45 milhões, e por Leonardo, que soma em torno de R$ 42 milhões.
Outros nomes tradicionais do sertanejo também figuram entre os maiores valores acumulados. Chitãozinho e Xororó, César Menotti e Fabiano e Zezé Di Camargo e Luciano aparecem na sequência, com cifras que variam entre R$ 32 milhões e R$ 38 milhões, reforçando o domínio do gênero musical no levantamento apresentado no plenário.
Top 10 dos sertanejos com maiores valores acumulados em recursos públicos
- Gusttavo Lima — cerca de R$ 52 milhões
- Bruno e Marrone — cerca de R$ 45 milhões
- Leonardo — cerca de R$ 42 milhões
- Chitãozinho e Xororó — cerca de R$ 38 milhões
- César Menotti e Fabiano — cerca de R$ 35 milhões
- Zezé Di Camargo e Luciano — cerca de R$ 32 milhões
- Eduardo Costa — cerca de R$ 28 milhões
- Amado Batista — cerca de R$ 23 milhões
- Henrique e Juliano — cerca de R$ 20 milhões
- Fernando e Sorocaba — cerca de R$ 19 milhões
Randolfe ressaltou ainda que os valores não se referem exclusivamente à Lei Rouanet. O mecanismo, segundo ele, não repassa dinheiro público diretamente aos artistas, mas permite que empresas e pessoas físicas destinem parte do Imposto de Renda a projetos culturais previamente aprovados. Grande parte dos recursos citados no ranking, destacou o senador, vem de contratações diretas feitas por prefeituras e governos estaduais, muitas vezes viabilizadas por emendas parlamentares.
Fonte: Mais Goiás












